quarta-feira, 18 de março de 2009

JOVENS COM PROPÓSITO

Como ser um jovem com propósito em meio a tantas pressões?Ei, jovem, você sabe o que é propósito? Você tem um propósito em sua vida? “Propósito” é quando temos um objetivo, um alvo a ser atingido. E qual é o seu alvo? Espero que sua resposta seja única: Jesus.
Mas como ser um jovem com propósito em meio a tantas pressões? Esta é uma pergunta que, constantemente, vem à mente dos jovens. Não há como negar que as pressões do mundo sobre a vida do jovem cristão aumentam a cada dia. Por onde passa, há uma “porta larga” esperando por ele. Manter um jovem dentro da igreja hoje não é tarefa fácil. Os pastores e líderes que o digam!

A concorrência com o mundo lá fora é grande e, na maoria das vezes, desleal, pois tudo é colocado de forma a atraí-los para o mundo das drogas, da prostiuição e do crime.Perseverar até o fim deve ser o propósito de cada um. O jovem precisa ser estável espiritualmente falando, precisa fazer parte de uma geração radical que não se corrompe com o mundo. Pois assim está escrito: “[...] para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo [...]” (Fp 2.15). Sendo assim, quero colocar alguns passos importantes para que você, jovem, caminhe em direção a uma vida com propósito diante de Deus.

1- Mente sábia – “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.” (Pv 1.7). Neste versículo, o sábio Salomão enfatiza que o temor, ou seja, o respeito a Deus é o princípio, a base, a fonte da sebedoria. Quando um jovem respeita a Deus, obedecendo aos seus preceitos, ele usa de sabedoria e contempla as bênçãos de Deus sobre a sua vida. Paulo, aos conríntios, fala que “nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16). Ter a mente de Cristo, é deixar que o Espírito Santo revele os pensamentos de Deus para a nossa vida. Você sabe quais são os pensamentos de Deus para você? Como um jovem cristão, você precisa ter uma mente sábia, precisa avaliar e examinar todas as coisas. Não haja precipitadamente, não haja sem pensar, sem consultar o Espírito Santo, use de sabedoria. Guarde isto: sabedoria é você saber usar a sua inteligência. E eu espero que você a use para o bem.

2- Ouvidos que discernem e que atendem à disciplina: “Os ouvidos que atendem à repreensão da vida farão a sua morada no meio dos sábios. O que rejeita a instrução menospreza a própria alma, mas o que escuta a repreensão adquire entendimento.” (Pv 15.31-32).Você precisa avaliar tudo o que escuta, pois nem tudo o que chega aos seus ouvidos, é bom e edifica. Peça a Deus discernimento. Cuidado com as fofocas, com as piadinhas de mau gosto que ouve a respeito das pessoas. Ouça, analise e se cuide para não cair nas armadilhas do inimigo. Outra coisa, seja um jovem “ensinável”, aprenda a lidar quando você ouve um “não”, aprenda a ouvir críticas e a receber a repreensão tanto por parte do pais quanto dos líderes. Ninguém gosta de receber um puxão de orelhas, mas de vez em quando ele é necessário.

3- Olhar compassivo: “Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.” (Jo 11.33).Esta passagem de João, falando sobre a morte de Lázaro, é uma das mais belas da Bíblia. Aqui, Jesus mostra a sua sensibilidade para com o próximo. Ele se comoveu ao ver aquela situação. A Bíblia diz que Jesus “viu”, ou seja, ele olhou para aquelas pessoas e usou de compaixão. Assim como o Mestre nos ensinou, você também, jovem, deve ter um olhar compassivo a respeito das coisas. Jesus poderia ter visto aquela cena e não ter dado à mínima. Mas ao contrário, ele se comoveu. Muitas vezes, você passa pelas pessoas e simplesmente as vê com os seus problemas, porém não faz nada para ajudá-las. Jesus jamais faria isso! Passe a enxergar melhor o seu próximo e as necessidades dele. Cuidado com os pré-conceitos a respeito dos outros. Conheça primeiro para depois você tirar as suas conclusões. Lembre-se: você deve olhar como Jesus olharia.

4- Lábios que encorajam: “As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” (Pv 16.24).As palavras, quando bem empregadas, encorajam, trazem cura, alívio e perseverança. Da sua boca deve sair bênção. Existem pessoas que quando abrem a boca, só falam besteiras, fofocam e murmuram. Fique atendo ao que você tem falado por aí. Por meio dos seus lábios, você pode abençoar ou destruir a vida de alguém.

5- Mãos que abençoam: “Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.” (Pv 31.20).Por meio das nossas mãos, podemos abençoar a vida das pessoas. Muitos jovens se preocupam com tudo, menos em ajudar ao seu próximo. O escritor George Eliot (1819-1880), disse certa vez: “Para que vivemos, senão para tornar menos difícil a vida dos outros?”. Torne menos difícil a vida de alguém. Estenda as suas mãos para ajudar àqueles que precisam. Não falo somente de ajuda material. Mas um aperto de mão, um afago, um abraço carinhoso. As suas mãos foram feitas para abençoar.

6- Pés firmados na RochaO salmista Davi declara: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.” (Sl 40.2).Será que você pode declarar o mesmo que o salmista Davi declarou? Os seus pés estão firmados na Rocha que é Jesus? Por onde você tem andado? Por quais caminhos tem passado? Ou será que você está a um passo de cair, assim como falou o salmista Asafe, no Salmo 73.2: “Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.” Aqui, o salmista ressalta que por pouco os seus pés não se desviaram do Caminho. Isso acontece com muitos jovens que se deixam levar pela pegadas erradas. Você precisa ter passos firmes. Tomar cuidado para não pisar em terreno inimigo. Se os seus passos não estão firmados em Deus, firme-os agora mesmo, em nome de Jesus.

7- Coração fielDeus não se agrada de um coração infiel. De um coração que desiste facilmente e que não persevera até o fim. Muitos jovens, à primeira tribulação, pulam fora do barco. Deixam Deus de lado e vão curtir uma vida fora da presença dele. Guarde bem isto: o apóstolo Paulo diz que a tribulação produz paciência, experiência e esperança (Rm 5.3-4). Durante toda a sua vida, você vai passar por diversas situações difíceis. E essas dificuldades vêm justamente para lhe ensinar, para desenvolver em você virtudes e habilidades que, de outra forma, você não conseguria desenvolvê-las. O Senhor disse: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap 2.10).

Se você deseja ser coroado por Deus, então seja fiel. Chega de ser um jovem descompromissado com as coisas de Deus.Jovem, esses são alguns passos que vão auxiliar você a viver uma vida com propósito em meio a esta geração aflita que vemos por aí. Não dê ouvidos àquilo que os outros falam de você. Tenha em mente que você faz parte de um povo separado e escolhido para fazer a diferença. Sua caminhada não será fácil, mas se usar de sabedoria, se não der ouvidos a conversas alheias, se olhar como Jesus olharia, se usar a sua boca para proferir palavras que encorajam, se estender as suas mãos ao necessitado, se tiver os seus pés firmanados na Rocha e um coração fiel a Deus, você trilhará o caminho do sucesso e colocará o seu nome na galeria daqueles que mudarm a história do cristianismo.

Pense e guarde isso.

Ana Paula Costa
Da Redação Lagoinha.com
Fonte: “Um Ministério com Propósito”,
de Doug Fieds.redacao@lagoinha.com

domingo, 8 de março de 2009

Características da Igreja do Futuro

COMPROMISSO COM O REINO DE DEUS

Está será a principal marca de uma igreja verdadeiramente cristã. Ela deve subscrever total e fielmente os valores e as éticas do reino de Deus. As lideranças das igrejas devem perder o medo e a timidez e de uma vez para sempre assumir que a igreja é sinal do reino na terra. Que através da igreja Deus quer manifestar e visibilizar o futuro.
Não será mais possível e tolerável que os cristãos continuem a ignorar as características do reino, dividindo a vida em duas áreas completamente distintas: o secular e o sagrado. Nós temos orientações seguras e precisas nas Escrituras de que Deus não nos olha em dois momentos, ou seja, quando estamos atarefados com alguma atividade espiritual e quando estamos ocupados com algo que não é espiritual. Se tomarmos, por exemplo, a vida profissional do cristão, nós encontramos a seguinte orientação: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (Cl. 3:23). Entendemos aqui, que Deus sacraliza todas as profissões. Que a sua presença no nosso ambiente de trabalho é a maior força motivadora para evidenciarmos os valores do reino. Tendo esta consciência, será mais difícil para o cristão sonegar os impostos, burlar a vigilância do patrão, roubar, matar o tempo ou mentir.

Também creio que tem chegado o momento em que os próprios cristãos já estão cansados de viverem vidas desgastadas. A eles foram prometidas vidas abundantes e plenas do Espírito. Todavia, o que vemos são cristãos totalmente desestimulados, enfrentando o dia a dia com muito pesar e desgosto. Suas vidas são, muitas vezes, testemunhos claros de que alguma coisa está errada, com eles e com a igreja, mas eles não sabem como solucionar estas questões.

Os próprios líderes das igrejas somente apresentam respostas formais e profissionais, porque na maioria das vezes, eles mesmos estão vivendo frustrações interiores. A igreja do futuro terá que assumir com muita coragem e ousadia que ela é o sinal do reino na terra. A ela não cabe outra alternativa. Quando isto começar a acontecer, então os cristãos experimentarão as alegrias da nova vida.

COMPROMISSO COM A SOCIEDADE

Nós temos visto nos últimos dias uma incontida alegria causada pelo crescimento da igreja no Brasil. Chegamos a ponto de não sabermos exatamente o quanto somos no Brasil. Alguns afirmam que já somos 20% da população. Se isto é verdade, louvado seja Deus. O crescimento da igreja, não importando aqui o percentual exato, tem que ser visto também de uma outra dimensão: quanto mais a igreja cresce mais a sociedade espera dela.
Estou querendo dizer que enquanto a igreja tem um número reduzido de membros em relação à população, esta população não sabe o que pensa e prega esta igreja, todavia, a partir do momento em que a igreja cresce, a sociedade começa a descobrir qual é o propósito e mensagem da igreja. A sociedade vai descobrir que a igreja não foi chamada para ter somente atividades limitadas ao templo ou a vida dos seus membros, ou que a igreja não foi chamada somente para levar almas para o céu. A sociedade perceberá que à igreja cabe também o papel de transformadora do mundo e seus valores, cabe o papel de auxiliar nos problemas sociais, políticos e econômicos que afligem o nosso povo. Está chegando, portanto o momento em que a própria sociedade já sabe qual é a missão da igreja. E em sabendo, ela começa a questionar quando é que a igreja vai colocar em prática os ensinos de Jesus. A igreja do futuro tem que ser necessariamente a igreja participativa nas soluções e problemas da nossa sociedade. Ela não pode mais continuar enterrando a cabeça na areia alheia a tudo que se passa ao seu redor.

PLURALIDADE DE MINISTÉRIOS

A Reforma Cristã bem que tentou e só conseguiu em parte fazer com que todos os cristãos fossem vistos como sacerdotes de Deus. A realidade hoje, e para tristeza nossa, é que a igreja continua sendo um reduto dos pastores e alguns líderes. Graças a Deus que entre estes, muitos exercem uma liderança sadia e honesta, mas de uma maneira geral, o que vemos ainda em nossas igrejas é um cerceamento quanto ao exercício dos dons e ministérios do povo de Deus. Existe um temor por parte da liderança de “soltar as rédeas” e permitir que cada cristão seja feliz realizando algo para o reino de Deus. Estudar sobre os dons espirituais quase que não motiva mais os cristãos, porque eles sabem que quase nada irá mudar na vida de suas igrejas, que no fim do estudo eles continuarão a fazer exatamente o que fazem agora, ou seja: NADA. Sabem que apresentarão soluções e boas idéias aos pastores e elas simplemente não serão apreciadas.
Não será mais possível que esta nova igreja que está surgindo continue a evidenciar tal quadro. O povo quer agora participar da vida da igreja. Ele quer um culto alegre e dinâmico, onde ele não é passivo, mas ativo no expressar a sua gratidão a Deus. Os jovens estão cansados de serem tratados como crianças imaturas que não sabem fazer nada ou cumprir com as suas responsabilidades. Tendo oportunidades, eles provarão o quanto podem fazer de bom e útil para Deus. A iniquidade que se comete contra a mulheres terá que chegar ao fim. A igreja tem que se arrepender do seu passado de dominação e opressão cometidas contra as mulheres. Elas não podem, nesta nova igreja, continuar debaixo de um regime machista e ignorante. Ignorante porque não sabe que Deus não faz acepção de pessoas, que em Cristo não há homem ou mulher, que somos todos novas criaturas do Senhor. Nenhuma igreja consegue existir sem o trabalho das mulheres em suas comunidades, mas a hipocrisia dos seus líderes é tão grande que eles não admitem este fato. A igreja do futuro é a igreja do povo de Deus.
A igreja onde a pluralidade de dons e ministérios será enfatizada, encorajada e principalmente apreciada, pois o crente não terá mais que lutar para encontrar espaço onde possa realizar a sua missão.

COMPROMISSO COM A TRANSPARÊNCIA

A igreja tem sido governada por poucos e muitas vezes estes poucos governam a igreja com tanto poder e mão de ferro que chegam a assumir o papel do próprio Espírito Santo na condução da igreja. Decisões são tomadas e na maioria das vezes não se busca com orações e jejuns qual é a vontade de Deus para aquela situação.
O bispo, o trispo, ou como preferir chamar, toma por conta própria a decisão de forma mais cômoda e impõe como ordem do Espírito de Deus. Isso quando não diz ser uma revelação.
As orações neste sentido são formais e para cumprir algum regulamento da igreja.

Nós temos percebido que este estado de coisas não permanecerá por muito tempo, porque o povo já está começando a se cansar de ser tratado infantilmente. Ainda que ele hoje não questione abertamente as decisões da liderança, as pessoas conversam entre si e mostram seus desagrados quanto a esta atitude totalitária dos líderes. Neste sentido, a ignorância dos líderes cristãos chega a ser assustadora. Eles não têm consciência de que na verdade não possuem nenhum controle sobre o povo.

A igreja não possui nenhum mecanismo para segurar o crente em seu meio. A pessoa não pode ser forçada a ficar em uma comunidade onde ela não é respeitada. Os líderes devem ter sempre em mente que existe hoje uma quantidade sem fim de igrejas evangélicas, e o que é que impede o crente de sair de uma comunidade e freqüentar outra? Absolutamente nada, e não há nada que se possa fazer quando isto acontece, a não ser lamentar e lançar algum tipo de desabono para o crente que se transferiu de igreja. A igreja do futuro deve estar aberta a ouvir os seus membros sem medo ou receios. Quanto mais o povo participar, mais aquela comunidade será amada e apreciada. Os líderes não devem ter medo de reavaliar as suas decisões. Devem ter em mente que eles são ainda pecadores e que, portanto estão sujeitos ao erro. A igreja não terá problemas em aceitar isto, mas antes ficará contente em saber que os seus líderes são pessoas abertas ao mover do Espírito Santo.

RELATIVA E ABSOLUTA

No decorrer dos anos a igreja sempre tem procurado por mecanismos de controle sobre o seu povo. Desenvolve-se uma quantidade sem fim de regras de conduta ou de doutrinas, que na verdade não são doutrinas, mas preceitos humanos, para carimbar ou identificar os crentes. Nas igrejas do Brasil o fator de união das mesmas são as regras ou as formas. Em uma determinada denominação todos falam em línguas e quem não fala dela não pertence; em uma outra não se permite bater palmas; noutra todos são batizados por imersão e assim as igrejas vão procurando guardar os seus rebanhos. Os pastores são neuróticos e vivem para implantar estas leis e regulamentos, vigiando para que nenhuma das suas ovelhas venha a se desviar. Falta para todos nós, de uma maneira geral, uma consciência clara do que é relativo e do que é absoluto na vida cristã. Nós confundimos os adornos da vida cristã com a essência da vida cristã. O que é essencial e absoluto em cada cristão é a centralidade de Cristo, “porque aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude” (Cl. 1:19). Cristo é quem une os cristãos das várias igrejas. Cristo é o elo de ligação. Cristo é a razão da nossa filiação na família de Deus. Tendo isto como certeza, não deveria importar para nós se um fala em línguas e o outro não, se um levanta as mãos no louvor e outro não, se um canta hinos e o outro canta canções contemporâneas. Infelizmente, o que tem sido mais importante e ponto de discórdia nas igrejas e nas comunidades locais são os adornos cristãos que nós queremos impor para os outros. Nós julgamos os cristãos por estes adornos e nos esquecemos totalmente da essência e do absoluto que é a centralidade de Cristo. Muitas comunidades estão sendo divididas por causa desta intolerância cristã. A igreja do futuro é a igreja da qual os cristãos querem participar. Enfatizará Cristo e será aberta quanto aos adornos da fé cristã. Será uma comunidade de respeito entre os seus membros porque todos estarão com os seus olhos fitos em Cristo e não nos crentes para vigiá-los com o propósito de perturbarem as suas vidas.

Extraído do site: www.underground.org.br
Antonio Carlos Barro - É pastor da 8a. Igreja Presbiteriana de Londrina, PR e Presidente da Faculdade Teológica Sul-Americana, na mesma cidade. É formado em teologia, com mestrado e doutorado pelo Fuller Theological Seminary, nos Estados Unidos.

sábado, 7 de março de 2009

Louvor e Adoração

A essência do louvor e da adoração

Tenho aprendido que louvar e adorar a Deus constituem o caminho para que se acrescentem bênçãos à nossa vida, pois quando exaltamos o nome do Senhor há o gerar de uma abundância total de graça em nossa vida, seja na perspectiva terrena ou espiritual. Mas é preciso compreender que devemos adorá-Lo todo o tempo, inclusive em meio às diversidades, porque são nelas que realmente precisamos confiar e esperar no Senhor.
Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios. (Salmo 34:1.)

O louvor e a adoração são um estilo de vida. É estar permanente na presença de Deus. A Bíblia apresenta a pessoa de Deus nos chamando consistentemente para adorá-Lo na Sua presença, para que possa nos libertar, nos curar, nos remir, nos restaurar e nos renovar. Deus anseia mover a nossa vida. Deus quer se mover na Igreja.
Nesse sentido, podemos perceber que no dia-a-dia a comunhão com Deus na adoração é uma rua de mão dupla, onde o Pai deseja satisfazer todas as nossas necessidades na Sua presença, ao mesmo tempo que se alegra com as nossas expressões de louvor e gratidão como reflexo de nossa busca por Ele. Sabe por quê? Ele nos ama!
Para tanto, é necessária uma entrega total e irrestrita na comunhão com o Pai. O adorador deve se despir de toda vontade própria para morrer em Cristo para servi-Lo em espírito de sacrifícios agradáveis a Deus.

Temos um exemplo perfeito na Bíblia: Davi. Ele era um rei, guerreiro e sacerdote e mesmo assim se despiu de todo o orgulho e ainda ensinou Israel a adorar em todos os níveis – com novos cânticos, novos instrumentos, com danças e novas expressões de louvor. Sua humildade de coração provocou uma resposta imediata do Espírito Santo de Deus através da alegria e do júbilo que invadiu toda a Israel. Davi, acima de tudo, era um adorador!
Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor; e estava cingido duma estola sacerdotal de linho. Assim, Davi com todo Israel, fez subir a arca do Senhor, com júbilo, e ao som de trombetas. Assim Davi, com todo o Israel fez subir a arca do Senhor com júbilo , e ao som de trombetas. (II Samuel 6:14-15.)

Assim, o tabernáculo de Davi foi levantado, mas os textos bíblicos nos livros de Reis e Crônicas relatam sobre a dureza de coração do povo eleito, sobre os pecados de idolatria e tantas outras abominações que concorreram ano após ano para a sua queda e destruição. Mas o Senhor é fiel e seus planos são perfeitos. Ele prometeu a restauração daquele tabernáculo:
Naquele dia levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e levantando-o das suas ruínas restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade. (Amós 9:11.)

Historicamente, o texto bíblico no livro de Reis nos mostra que o templo do Senhor gerado em Davi e levantado por Salomão foi contaminado pelo pecado, tendo como conseqüência a sua destruição e a decadência do povo hebreu na sua relação e intimidade com Deus. Dessa maneira, podemos dizer que depois de Davi e Salomão houve um enrijecimento progressivo da fé, culminando com posicionamentos puramente teológicos, cristalizados por costumes culturais particulares e uma visão de religião, fé e relacionamento com Deus limitados a meras palavras e aparências. No entanto, por causa de Jesus, as promessas de um avivamento sob o derramar do Espírito de Deus em toda a terra constituem uma realidade vivida nos dias de hoje.
A Igreja primitiva cristã experimentou muitos milagres, vivenciou a promessa do cumprir de Deus, no entanto, muitos zombaram e muitos sequer creram naquela realidade profética. Por isso, Pedro, ainda naquele tempo, advertiu-os citando Joel 2:28, que profetizou:
E acontecerá que nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias e profetizarão. (Atos 2: 17-18 .)

Até mesmo os discípulos Barnabé, Paulo, Tiago e Simão em suas reflexões, ao analisarem sobre os acontecimentos pós-pentecostes, testificam que todos os acontecimentos eram promessas de Deus para aqueles dias, conferindo, segundo eles, com as palavras dos profetas já escritas:
Cumpridas e estas coisas, voltarei e reclamarei o tabernáculo de Davi, que está caído; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. (Atos 15:16.)

Mas é preciso compreender que essa promessa está relacionada com a restauração do relacionamento e da intimidade do ser humano com Deus. Com o posicionamento de dependência total, de uma relação restaurada entre criatura e criador, da identidade de filhos de Deus, do adorador. Por isso a adoração não é um momento isolado, mas um modo de viver, e nesse contexto Davi, novamente, é um bom exemplo. Se observarmos em Salmos, veremos um adorador de tempo integral, um homem cujo estilo de vida era adorar, honrar e bendizer a Deus.
Outro fato importante é que em Romanos 9:10 essa promessa se estende a todo aquele que confessar com a boca e crer com o coração que Jesus é o Senhor e que Deus o ressuscitou dentre os mortos. Este será salvo, mas observe que essa promessa não se restringe apenas ao povo hebreu:
Então falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável. (Atos 10 : 34-35.)


Todos nós somos chamados em Jesus, e é nEle e por Ele que temos a chance de fazer parte deste plano maravilhoso: a salvação. E há razão maior para louvá-Lo, adorá-Lo e engrandecer o Seu nome? Na verdade, é um privilégio muito grande para nós!
Por isso é compreensível que as Escrituras nos convoquem a adorar a Deus com louvores, exaltando-O na assembléia do povo (Salmo 107:32.), dando graças na grande congregação, louvando-O no meio da multidão (Salmo 35:18), celebrando com júbilo ao Senhor. Por outro, João 4:24, nos adverte: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

Enfim, Deus não precisa da nossa adoração. Ele não se admira com nossos talentos, nossa performance ou a obra realizada, muito menos com o que sai da nossa boca. Ele quer a nossa vida, a sua vida. Ele deseja nos curar, nos libertar, nos ensinar, nos amar! Lembre-se: nós não fazemos favor a Deus ou à Igreja; o privilégio é todo nosso!

Nosso Som